PERSPECTIVA | Febre Amarela, todos juntos no combate!

PERSPECTIVA | Febre Amarela, todos juntos no combate!
Com algumas regiões onde a doença já é considerada endêmica, prevenção e vacinas são armas indispensáveis na luta contra os mosquitos. Para que todos vençam essa batalha e ganhem saúde, junte-se a nós!


Febre Amarela, quem é o inimigo?

A Febre Amarela é uma infecção viral, com potencial para se tornar grave caso não sejam tomados os devidos cuidados a partir do diagnóstico. Apesar de infecciosa, não é transmitida entre pessoas, mas sim diretamente pela picada de mosquitos infectados, principalmente o mosquito Aedes aegypti, vetor do ciclo urbano de transmissão, o mesmo que transmite Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, e os mosquitos Haemagogus e Sabethes, vetores do ciclo silvestre da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, “no Brasil o ciclo da doença atualmente é silvestre. Os últimos casos de febre amarela urbana foram registrados no Brasil em 1942 e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão”. 

No ciclo silvestre a incidência de casos é maior em áreas rurais e florestais, onde o contato com o mosquito se intensifica se considerarmos áreas de desmatamento e de expansão urbana. Os macacos são os principais hospedeiros, e sendo picados por outros mosquitos acabam mantendo a circulação do vírus. Sobre o assunto, um importante alerta do Ministério da Saúde informa que:

“Os macacos não transmitem Febre Amarela! Eles são importantes sentinelas para alerta em regiões onde o vírus está circulando. Macacos mortos são analisados em exames específicos para detectar se a causa da morte foi Febre Amarela, o que aciona o alerta de cuidado com as pessoas.”

Com incidência em regiões diversas, os principais sintomas da Febre Amarela são início súbito de febre, dores no corpo, calafrios, náuseas, dor de cabeça intensa, fadiga e fraqueza. Os sintomas se apresentam de 3 a 6 dias após a picada do mosquito. Os sintomas tendem a passar depois de um breve período, com apenas 15% dos casos evoluindo para uma forma mais grave da doença. Diante de qualquer suspeita de contágio, é fundamental consultar um médico, o mais breve possível, para avaliação detalhada e informações sobre o tratamento adequado.

Como prevenção, destaque para as vacinas já disponíveis em todo o país, uso de repelentes de insetos e eliminação de locais que possibilitem a reprodução dos mosquitos. Na farmácia, sempre um pólo de informação e saúde, auxílio e trabalho conjunto em um grande movimento em direção a erradicação da doença, em uma luta que é de todos.


Prevenção, uma batalha importante

As áreas de risco são divididas em áreas endêmicas, onde a presença da doença é sempre constante, com maior ou menor número de casos, e áreas de transição, onde os casos podem surgir em surtos, em determinadas épocas do ano. A região Norte, em sua totalidade, e diversos Municípios pertencentes a região Nordeste, são consideradas áreas endêmicas, quando falamos em Febre Amarela, com grande número de casos confirmados. 

O Ministério da Saúde recomenda para residentes e para pessoas que pretendam viajar para regiões endêmicas e/ou de risco, especialmente a Amazônia, que tomem a vacina contra Febre Amarela, que está disponível nos Postos de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), UBS (Unidades Básicas de Saúde) ou CS (Centros de Saúde), assim como em clínicas particulares e farmácias. Comprovadamente segura e eficaz contra a doença, a vacina deve ser tomada com pelo menos 10 dias de antecedência em caso de viagem, prazo necessário para que a mesma apresente seu efeito protetor em total capacidade.

O Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, de acordo com as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde). Não devem se vacinar gestantes, crianças menores de 9 meses de idade, mulheres amamentando, pessoas com alergia grave a ovos e portadores de doenças autoimunes. Para outras situações, como a vacinação em idosos, sempre é conveniente consultar um médico.

Item importante na prevenção diária, os repelentes de insetos se tornam cada vez mais eficazes, com ativos como a Icaridina, proteção mais prolongada e versões que podem ser aplicadas em crianças a partir dos 2 anos de idade. Eduardo Bezerra, gerente de gerenciamento por categoria e shopper insights da Reckitt Hygiene Comercial ressalta que “reforçamos sempre a importância de incluir os repelentes como parte essencial da rotina. A linha de produtos do SBP é desenvolvida para oferecer proteção eficaz contra mosquitos que transmitem doenças, com variados formatos e fórmulas que atendem diferentes preferências, oferecendo conforto e praticidade para o consumidor. Para quem vai passar bastante tempo fora, por exemplo, temos o repelente SBP Pro Loção, que garante até 12h de proteção, ou o SBP Advanced, que dura até 5 horas. É importante sempre ler o rótulo com atenção e reaplicar o repelente durante o dia de acordo com as instruções de uso, para garantir uma proteção prolongada”.



Tratamento: medicação, hidratação, repouso

Para identificar com precisão um caso de Febre Amarela é preciso realizar exames clínicos, logo após a data de início dos sintomas. Assim que diagnosticado, o tratamento da Febre Amarela é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente e administração de medicamentos para aliviar sintomas, como febre e dor, e muito repouso. Não existe tratamento específico para a doença, mas sim cuidados de suporte para evitar possíveis complicações. 

O diagnóstico adequado é fundamental para evitar complicações e direcionar o uso da medicação correta. O Ministério da Saúde recomenda que os analgésicos que contenham Ácido Acetilsalicílico (AAS) devem ser evitados no caso específico de Febre Amarela, pois podem aumentar os riscos de sangramento. Fórmulas contendo Paracetamol ou Dipirona são mais adequados, considerando dados divulgados pela literatura médica recente. 

Da mesma forma, a reposição de líquidos é muito importante nos casos de Febre Amarela, considerando que seus sintomas podem levar a grande perda de líquidos. Observando essa necessidade, soluções isotônicas, como os soros de reidratação oral (SRO) podem ser grandes aliados. Patrícia Ruffo, nutricionista e gerente científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil destaca que “dependendo da situação clínica, o ideal é optar por uma solução de reidratação oral, como Pedialyte para ajudar na reposição dos eletrólitos perdidos, visto que quando perdemos líquidos devido a febre, diarreia e vômitos, nossos corpos também perdem eletrólitos, como sódio, potássio e cloreto, necessários para manter o equilíbrio hídrico e o funcionamento adequado do sistema nervoso e dos músculos. Também é útil lembrar que a hidratação não se resume apenas ao que bebemos. Os líquidos representam apenas cerca de 80% da nossa ingestão diária de água, enquanto os alimentos representam os outros 20% adicionais”.