Espaço da Farmacia | Fachadas e vitrines atração e retenção de consumidores

Espaço da Farmacia | Fachadas e vitrines atração e retenção  de consumidores

Vitrines e fachadas de lojas são áreas fundamentais para chamar a atenção dos consumidores e se configuram como ferramentas importantes para que eles decidam entrar ou não na loja.

A especialista em varejo e autora do livro “Loja Perfeita”, Regina Blessa, diz que a pior coisa que pode acontecer para uma loja é não ser percebida pelos carros que passam ou não ser convidativa para os transeuntes. “As fachadas é que indicam o que a loja vende, de longe; e as vitrines são as que convidam a entrar e aguçam a curiosidade de quem as olha.”

Segundo ela, se o cliente não entender pelo letreiro o que a loja vende, não vai parar para conferir. Se entendeu e deu vontade de conhecer, vai chegar mais perto e conferir o sortimento na vitrine. “Se os produtos lhe agradarem você entra, se não, desiste. Esses dois fatores são fundamentais para o sucesso de uma loja. A falha na visibilidade e na atração são fatais.”

Para o diretor comercial da Metalfarma, Régis Rodero, a fachada informa que o estabelecimento é uma drogaria e este é um papel extremamente importante. “Primeiro precisamos saber o ramo do negócio e em segundo lugar, reconhecer a marca, o nome da farmácia.”

Já as vitrines, no varejo farmacêutico, podem indicar uma categoria foco ou um diferencial da loja. “Por exemplo, se é uma loja que tem um trabalho diferenciado com dermocosméticos, essa categoria poderá ocupar um espaço de vitrine. Porém, a análise do uso de vitrine é feita caso a caso. Na maioria das lojas, deixamos a frente livre e o próprio layout da loja se torna sua vitrine, expondo estrategicamente pontos extras, destacando produtos em promoção e identificando claramente as categorias encontradas na loja”, recomenda Rodero.

Como trabalhar de forma assertiva com fachadas e vitrines

Regina indica como ideal ter um arquiteto para orientar no projeto e uma boa empresa de fachadas para começar. “Depois, dependendo se terá vitrines ou não, fazer algo diferente que chame a atenção. No caso de farmácias que têm produtos muito pequenos, é melhor fazer uma negociação com algum laboratório de dermocosméticos para fazer uma adesivação gigante na vitrine, por exemplo. Isso se usa muito na Europa e nos Estados Unidos, mas aqui, poucos fazem.”

Rodero exemplifica: “Em uma loja de roupas, as vitrines são montadas para mostrar possibilidades de composição de looks com os produtos vendidos no estabelecimento. Para isso, vale encobrir quase que completamente a visão do interior criando cenários, o que via de regra não é o caso das farmácias. Neste varejo, é importante considerar se há alguma linha de produtos, ou marcas, que valha o destaque de uma vitrine, considerando o espaço que ela toma. São utilizados nichos, que podem ser iluminados dando ainda mais visibilidade ao produto em questão e que tenham em seu layout espaços para a visualização do interior da loja.”

Regina complementa dizendo que julgar o projeto só de frente, olhando do outro lado da rua, é um grande erro, pois esse não é o ângulo de visão de quem passa de carro. “Temos de prever a visibilidade de quem vê a loja um quarteirão antes de cada lado do trânsito local. A visibilidade de quem está dirigindo é bem diferente de quem passa a pé. Outro erro é não considerar os imóveis laterais que podem encobrir o seu, impossibilitando qualquer tipo de fachada com visibilidade. Cores escuras ou estranhas podem afastar os clientes, é preciso usar cores que remetam à saúde.”

Sugestão de vitrines eficientes

 A vitrine deve ser trabalhada de forma simples e eficiente, como o chamado “meia gôndola”. 
 Elas não passam de 1,25 m de altura com fechamento, ou seja, até essa altura não enxergamos o produto e não há a preocupação de colocar itens espelhados. 
 Acima deste móvel, é possível colocar vidro em alguns nichos que não atrapalham ver toda a loja e dão destaque a esses produtos que se deseja enfatizar. 
 Dessa forma, a uma vitrine fica focada em poucos produtos e há um ganho de espaço de exposição dentro da drogaria, já que o lado das gôndolas, que têm prateleira, estará virado para o interior, integrando o mobiliário da farmácia.
 Quando o estabelecimento opta por uma vitrine que ocupe mais o espaço verticalmente, a solução é a vitrine tubular. Aí sim são utilizadas prateleiras em vidro de espessura entre oito e dez mm com distâncias entre uma prateleira e outra superiores à que se pratica em gôndolas convencionais para que a visão interna não seja prejudicada. 
Fonte: diretor comercial da Metalfarma, Régis Rodero