atualidade | OTCs como forma de aumentar os resultados

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Ao falar de autosserviço, os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) representam mais de 40% das vendas, de acordo com dados da IQVIA. Portanto, existe a oportunidade de aumentar a relevância da categoria em alguns passos como: exposição no autosserviço, espaço correto, sortimento adequado, sinalização das principais marcas, sinalização e pontos extras.

“Os MIPs são importantes para que as pessoas tenham mais autonomia sobre a própria saúde e bem-estar, de forma segura. Por meio dos MIPs, as pessoas podem cumprir um dos sete pilares do Autocuidado, que é o do Uso Racional de Produtos e Serviços de Saúde, o que impacta na melhor oferta de estrutura de saúde para a população”, explica a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (ACESSA), Dra. Marli Martin Sileci.

Entretanto, diz o diretor comercial de consumer healthcare na Sanofi, Silvio Silva, a educação e disseminação de informações são fundamentais nesse processo, empoderando os consumidores e pacientes na compreensão de benefícios do autocuidado e na capacidade de exercê-lo.

Segundo o estudo ‘Utilização de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) e economia gerada para os sistemas de saúde’, da Fundação Instituto de Administração (FIA), o uso de MIPs gera uma economia anual de R$ 364 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). A cada R$ 1,00 investido no consumo deste tipo de medicamento, há uma economia para o setor público de saúde de até R$ 7,00, pois também são reduzidas as idas desnecessárias aos consultórios médicos, aos serviços de pronto atendimento e a realização de exames diagnósticos para questões simples de saúde.

Além dos benefícios para as pessoas e para os sistemas de saúde público e privado, os MIPs também exercem um papel importante para a economia nacional, pois estes produtos geram R$ 5,1 bilhões em impostos e o setor gera 25 mil empregos diretos, segundo a pesquisa Conta Satélite da Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fora do balcão

De acordo com a Dra. Marli, todos os MIPs podem ser disponibilizados de forma livre ao consumidor e eles não devem ser confundidos com os medicamentos que exigem receita médica e apresentam tarjas vermelha ou preta na embalagem.

“É necessário esclarecer que, no Brasil, para um produto ser comercializado como MIP, é necessária a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que leva em consideração o atendimento a critérios relacionados ao consumidor e ao produto em sim. Neste processo é analisado se o medicamento atua em sintomas que possam ser identificados pelo próprio consumidor e, com isso, se essa pessoa conseguirá escolher, sozinha, o produto mais adequado”, explica ela.

O professor do núcleo de varejo da ESPM, Rogério Lima, complementa ao dizer que as principais categorias de MIPs que deverão estar fora do balcão e com destaque são analgésicos; gripes e resfriados; saúde digestiva; e suplementos e vitaminas.

“É preciso assegurar o sortimento ideal, com visibilidade correta às principais marcas, uma vez que elas funcionam como atrativo para o shopper localizar a categoria. Recomenda-se também a sinalização na gôndola, com os nomes das subcategorias e testeiras com nomenclaturas claras e objetivas ao cliente, ajudando-o a localizá-las com mais facilidade. Além disso, a criação de pontos extras dá visibilidade e soluções de compra”, diz a Hypera Pharma.

Segundo a empresa, para que tudo isso seja bem-sucedido, é importante treinar e preparar a equipe para assegurar a organização, abastecimento e principalmente, a orientar o shopper da melhor forma possível. 

Além disso, o varejista pode trabalhar pontos extras. A Hypera diz que os principais são: display de checkout e balcão, pontas de gôndola, papa-filas, geladeiras e cross-merchandising. No entanto, é possível lançar mão de outros pequenos materiais de comunicação que podem ajudar a estimular a lembrança e/ ou desejo na cabeça do consumidor.

“Independentemente de qual seja o ponto extra é importante garantir um mix de produtos adequados para a compra por impulso; bom abastecimento, já que é um local de alto giro; e materiais com uma comunicação assertiva uma, vez que a compra é muito rápida. É preciso também estar atento às precificações corretas dos produtos”, comenta a organização.

Checkout da farmácia

De acordo com o professor do núcleo de varejo da ESPM, Rogério Lima, os analgésicos e antigripais são os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) mais procurados nos checkouts e podem ser trabalhados no formato blister com alto potencial de giro no ponto de venda (PDV). Os produtos devem ser trabalhados com a exposição tanto em prateleiras como displays. Normalmente, diz o especialista, utiliza-se a própria estrutura do checkout da farmácia.